segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Passou... Ufa!
Pois bem, depois de muita ralação, e como ralamos! Tudo saiu perfeitamente bem na primeira e edição do Grito Rock em Ipatinga, alguns imprevistos de última hora, que são de praxi, mas que não tiveram manha de tirar nossa empolgação.
O primeiro dia do evento foi tenso, porque era o dia que mais teria bandas de fora, então, tudo tinha que sair “nos conformes”! Enquanto estávamos realizando os últimos detalhes no Parque Ipanema, a nossa mãe Rita estava preparando o almoço da galera que iria chegar “varada” de fome e por incrível que pareça, não há nada mais frustrante que você ir tocar em uma cidade distante e receber apenas um pão com salame e um copo de ki-suki...
Enquanto isso, em BH, Kívia contava com o auxílio e a boa vontade de Jubão (Coletivo Pegada e Banda Curved) que preparou um banquete de café-da-manhã, auxiliou na hospedagem e bem-estar das bandas de fora, até chegar a Ipatinga. E tudo isso sob os 40º escaldantes que parecia estar fazendo naquela manhã... O velocímetro que não passava de 80km/h o freio que era bruscamente testado durante o percurso, sem contar a ensurdecedora voz do Bruno e Marrone, com aquele sertanejo medonho que o motorista insistia em manter ao invés do ar-condicionado. Mas tudo bem, uma unha quebrada e logo todos os problemas se foram e o pequeno imprevisto foi resolvido, e todos chegaram são e salvos nessa cidade de intenso calor.
E por falar nisso, ficamos bem apreensivos, porque na madrugada daquele dia (sábado), havia chovido e o dia amanheceu com o horizonte extremamente fechado, e cá pra nós, quem mora em Ipatinga sabe o quanto aqui é quente e se viesse uma chuva naquele dia, viria com força total, estava precisando chover mesmo, mas não naquele final de semana.
No início, as pessoas foram chegando de forma meio tímida... E como todos que fazem eventos, ainda mais de música alternativa, pensávamos que não iria aparecer ninguém... Engano nosso, o público compareceu e superou nossas expectativas! O mais interessante de tudo é que foi uma festa extremamente democrática, tinha desde recém nascido, criança, adolescentes, pais, tios, avós, em fim, foi o festival da família.
O evento começou às 16h15min com o som extremamente experimental do grupo musical Intercessão Didgeridoo, do nosso amigo Baeh. Muito interessante aquele instrumento folclórico da Austrália, faz um som meio parecido com os primeiros sintetizadores, o que vem mostrar que a tecnologia apenas reproduz, ou amplia o que já está feito pela natureza! Muito bom o som do Didgeridoo, mostrando claramente que natureza e tecnologia High tech podem conviver em plena harmonia.
Logo após, quebrando toda a calmaria psicodélica do Intercessão Didgeridoo veio a galera do Ethernal Hope, com seu som pesado e bem feito, mandando desde músicas próprias a cover’s como: Caliban, killswitch engage, As I Lay Dying... Ou seja, uma excelente demonstração do New Age of American Metal!
Complementando com alto estilo os representantes do Vale do Aço, com um poderoso Hardcore Crossover, os nossos amigos de estrada, Os Capiau. Suas Letras politizadas, som bem reto e muita atitude que é característica clássica desse estilo de som!
A primeira banda de fora a tocar no Grito Rock/Ipatinga, foi o Curved de Itabira. Sob o lema “Pular, Gritar, Suar e Sangra” os meninos mostraram uma excelente perfarmance, tanto no que diz respeito à presença de palco como musicalmente, um ótimo rock alternativo, quiçá, propriamente um post hardcore muito bom.
Logo em seguida veio as meninas da Maquiladora, puta que pariu um senhor show! Mesmo antes de entrarem no palco se mostraram muito receptivas e além de tudo muito femininas! Ao contrário de muitas bandas de meninas que tocam por ai tentando competir com os meninos, elas não, subiram no palco com toda sua sensibilidade, carisma e meiguice e passaram o seu recado, tanto foi a sinceridade do som das mocinhas que cativaram até um fã Policial Militar que estava fazendo a segurança do local. Em fim, mostraram que estão quebrando mais uma das barreiras dessa sociedade estigmatizada pelo preconceito, a de que rock de qualidade é coisa de “macho”...
Agora meus caros, pensem na seguinte receita: Uma panela com o velho Soul Music, com uma pitada de salsa, hip hop e uma ginga de samba misturada com o calor envolvente e a vontade de tocar, o resultado é o Black Sonora! “Mermão” os caras arrebentaram! Todos sem exceção, criança e idoso todos, mas todos mesmo dançando ao som nos meninos. O mais interessante é o carismas de todos da banda, desde Cubanito, Luiz, Helton, Bruno, Yuga, Ronam e Gustavo muito receptivos e simples, talvez essa seja a cereja do bolo para tanto sucesso. Perfeito!
E como última atração do dia, nada mais justo do que o evento ser fechado com uma banda nativa e que o diga uma banda de “Drunk Rock”, pois é, estamos falando de Gustão & os Breck and Deckers. Cômico, bluzera pesada, vocais distorcidos e muita, mais muita bebida na guela! Muito justo, tocando músicas próprias e cover’s os Breck and Deckes mostraram o velho rótulo do rock and roll e o público aplaudiu de pé os cabras!! Rock e GOLÃOOOOOO!
Terminado o primeiro dia de evento era nossa vez de descansar...
O domingo já começou com o som do carismático Jobão, músico da região, tocando suas próprias composições no melhor estilo samba rock, músicas simples com característica bem popular, refrões marcantes mostrando claramente que o Vale do Aço também possui grande s compositores, saindo daquele velho rotulo de bandas cover’s, e um representante e tanto dessa nova safra de músicos da região encontra-se Jobão.
Logo em seguida, com um som “experimetalzaço”, os cariocas do El Efecto, deixaram o pessoal do vale do Aço de boca aberta com tamanha criatividade, mesclando o rock, com Funk carioca, levadas de cavaquinho e som muito estruturado, não pensem que era uma bagunça, que não foi. A primeira vez que presenciei, vi e ouvi o conceito de música se materializar de forma concreta.
A terceira banda do dia seria O Clube dos Canalhas, mas infelizmente não puderam compartilhar de nossa festa, mas foi substituído pela banda de Hardcore / Metal Hasta Cuando! Com estilo totalmente diferente do Clube dos Canalhas, guitarra em afinal baixa, e letras contundentes voltadas para questões políticas sociais o Hasta chamou a galera para descer as escadas do teatro arena para quebrar o pau no “mosh” com força!
Logo após, veio o Brechó’s com seu som bem suingado, representando a som tipicamente nacional, com uma levada meio samba rock e manguebit tocaram músicas próprias e cover’s como Jorge Ben e Mundo Livre S/A mostrando o porquê de estar entrando no cenário com toda força! Todos da banda de extrema qualidade e profissionalismo. Sonzera de responsa!
Com o atraso do Candeiro Encantado, o nosso amigo Baeh foi fazer um som para galera e não decepcionol! Mandou um “Prog Dark” de sua autoria que não teve um que ficasse parado, o teatro arena virou uma verdadeira rave, criança e idoso todos literalmente fritando no som do Baêh!
Fechando o evento, mais uma banda da região, Candeeiro Encantando, MPB / Reggae de muita qualidade. Profissionalismo e a banda eram redundância, firmeza em cada nota e muita brasilidade no jeito de cantar era a marca principal do Candeeiro. Como disse o Marcola: “Era como se estivéssemos no Sesc Interlagos curtindo música de qualidade na maior paz e alegria acompanhados dos amigos.
Enfim, o evento foi um sucesso superou todas as nossas expectativas e esse mérito devemos a todos que de forma direta e indireta contribuíram para a sua realização. Agradecemos a todos os patrocinadores, à Administração Pública de Ipatinga o pessoal da Secretaria de Cultura, Cemário, Renato, Chicão pela força e por acreditar em nosso trabalho, à Assessoria de Imprensa pelo grande impulso, Pati e Alice pela correria sem fim e pela paciência, à Rádio Vanguarda pela divulção, aos nossos pais que abraçaram o evento como se fossem deles, ao Yuri, Hermano do Hasta pela atividade e correria, Kelson, Aquidauana, Negão, Jean, Felipe Ligeirinho pela força no bar e no evento, foi para participar acabou que entrou na produção! Agradecer a presença da Policia Militar pela segurança, à todas as bandas que contribuíram para que o evento acontecesse, à Multi Vias pela excelente estrutura de palco, som e luz e ao Keno pela incomparável passagem de som, à Ordem dos Músicos de Ipatinga pela força. Estamos muito felizes e devemos essa felicidade a todos vocês que nos ajudaram a Gritar Rock!.
*Na foto Xyku, Semaroio (Secretatio de Esporte e Cultura) e Taroba
Muito obrigado e até o próximo
Pé-de-cabra
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2 comentários:
Salve Xyku e Taroba!
Grito Rock Ipatinga foi perfeito... a hospitalidade da Rita, mã do Xyku... do público, das bandas, dos 40°, do Parque Ipanema, da banana chips... tamo junto e misturado nesta missão sonora.
no mais... aquele abrAÇO
Yuga
Opa! Teve bom demais! vamos marcar a volta!!
abs
Jubão Curved
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