Duas baterias, duas guitarras, um baixo e um multi instrumental que agrega teclado, pau de chuva, acordeon, trompete, sax e outros sopros. Revezando por todos esses instrumentos e com inserções de violino e até mesmo escaleta, a banda Dibigode apresenta seu refinado repertório instrumental que transita do jazz ao rock, passando pelo samba e maracatu com insinuadas doses de experimentalismo.
Já era noite quando o Parque Ipanema, em Ipatinga, foi tomado pelo ritmo contagiante dos garotos de Belo Horizonte que, dando significado ao nome da banda, fazem música “de bobeira” mas com uma destreza indiscutível. Um grupo de amigos que, em 2007, decidiu fazer música trouxe ao palco do Festival Balido o artista plástico Patrick que desenvolveu, durante o show do Dibigode um painel em grafitte, agregando mais um elemento a essa “ ulticulturalizada” banda. Sobre o processo de criação durante o espetáculo, Patrick afirma ser levado pela sinestesia que a música e a arte lhe provocam.
A ideia de aderir referências de diversificadas vertentes da música e da arte faz do Dibigode um excelente representante do que está sendo o Festival Balido em Ipatinga. Do punk rock à música produzida por nossos hermanos argentinos, o festival abraça a diversidade e promove a democratização da música independente.
Por Orlando Júnior
Fotos: Luiza Guedes
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