domingo, 1 de maio de 2011

“Lira, seus desejos eminentes por fim cessam nas frestas de um fio do teu cabelo”

Loucura é o aguçar dos defeitos.
“Lança os suspiros que permeiam teus lábios e arrisque um telefonema”,  foi o que me disse a voz que ainda ama. Chances ultrapassadas na luxúria de meus dedos que agora cantarolam cantigas implícitas sobre as teclas do escarro. Oh, eles dançam! E como dançam nas manhãs em que o sol, solta raios de nostalgias e te faz louco como o Diabo. É quem vos fala. Quem contamina o inimigo com a tua raça de cor caudalosa e ar trêmulo. É as manhas e a sua dose moderada do prazer que deveria ser constante, infinito. É o que tento alcançar nesse amontoado de sentimentos esquecidos – deveras tem mais mérito do que lhe é permitido – e consumidos por gente de classe. Classe penosa, da que conhece o subúrbio do Inferno: onde Satanás pede Salvação para as almas.
“Reprima, alma aflita!”,  a mesma voz, num consulado de críticos d’alma Artística. Criminalizam a voz vulgar, sabes bem que teu degredo vale menos que qualquer livro que encontrar pelo ambiente. Julgam mas não são julgados. “Há almas que vagam apenas por vagar, meus senhores…”, impõe a voz de quem pinta guache, “Vamos ao caos” , as vozes vassalas ao seu redor ecoaram sussurros por entre ouvidos que julgam eu não ter. E você nada ouve. Ali houve um lapso sobre qualquer sentimento a fim de aguçar. O bastante que afogou junto às minhas lágrimas. Onde você tentou afogar o meu descaso – típico caso de anteriores perdas de contato – e tornou ódio o que era ébrio. E a fadiga de você aumenta, mas de você não paro. É o que acontece com quem ama a loucura, e oferece prazer a loucura, e dorme com a loucura, e perde a virgindade pra loucura, e a loucura torna o Seu primeiro amor.
[...]

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Nascido em Ipatinga, Minas Gerais, Diogo Henrique é um parceiro do coletivo que esta puxando o núcleo de poética do coletivo, dentro do M.A.N.U..  O poeta Diogo Henriqueatreveu em colocar seu verbo em retina alheia aos seus Dezesseis anos. Nessa mesma época, escreveu  seu primeiro coletivo de poemas chamado 'Resquícios De mim', do qual participou em 2008 do Primeiro Prêmio Minas Gerais de Literatura, na categoria Poesia, galgando longe mas não o suficiente. Esteve trabalhando no seu segundo livro - nenhum ainda publicados - até o fim de 2010, intitulando-o 'Ventos Idiotas (Ou Uma Ópera Obscena'. 

Além da poesia, também está envolvido com outras mídias, seja compondo trilhas sonoras - o músico - ou traduzindo tentos científicos e literários, ou ilustrando nas horas vagas.

4 comentários:

Ana Carolina Nascimento Silva disse...

Adorei o novo layout, ficou ótimo!

Lindo o texto!

Parabéns Petrônio e toda a galera do Pé-de-Cabra!

Bj

Carol

Tallita Mayra disse...

Ainda me impressiono com a sua inteligência e criatividade Dioguito.

Anônimo disse...

paia que dói

D. Henrique disse...

Direito seu de assim achar; e direito meu de pedir-te pra mostrar a cara. Pois ao contrário de você, ofereci a minha à tapa.